Dr. Sergio Barbosa |
O médico Sérgio Barbosa que realizou o parto, disse que a gestante tinha cesárea prevista para ser realizada nesta sexta-feira (13), mas chegou ao hospital em trabalho de parto por volta das 16h de quinta-feira (12) e que o parto normal foi necessário porque “a criança já estava com as pernas e parte do quadril para o lado de fora, e com a cabeça presa na vagina".
"Chamamos isso na medicina de cabeça derradeira. Eu tentei fazer manobras para liberar a cabeça, mas estava presa. Como o bebê não tinha batimentos, estava morto, busquei salvar a mãe.”
A secretária municipal de Saúde de Chapadinha, Maria Jose Pereira Coutinho, disse acreditar que o médico agiu de forma correta, mas instaurou um procedimento para apurar o que ocorreu e acionou o Conselho Regional de Medicina. O corpo foi levado para perícia no Instituto Médico Legal (IML) e a família registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.
Procedimento para salvar a mãe
A pedido do G1, o ginecologista e obstetra José Bento de Souza analisou o caso. Ele afirma que a primeira coisa que o médico deve tentar em casos de “cabeça derradeira”, quando a cabeça do bebê fica presa, é tentar aumentar a dilação e expelir a cabeça por baixo. Já quando o bebê está morto, como o médio Barbosa relatou que ocorreu no Maranhão, o objetivo é salvar a vida da mãe, pois, caso o parto demore, há risco de infecções ou hemorragia.
“Se o bebê está morto e a cabeça presa, existe a possibilidade de, com uso de instrumentos, esvaziar a cabeça e fazê-la sair por baixo. Mas, se ele não tinha instrumentos, a prática feita pelo médico, pelo que foi descrito, está correta, este procedimento de decepar a criança existe”, explicou Bento. “Ele fez o que podia para salvar a mãe. A família está julgando-o por ter decepado a criança, mas deviam tê-lo louvado por salvar a mulher”, afirmou.
Fonte: Chapadinha Site
Fonte: Chapadinha Site