Finalmente alguém teve a coragem de denunciar a venda de vagas de
candidato por partidos políticos considerados nanicos a cada eleição no
Maranhão. Essa prática é antiga, mas só agora exposta ao público.
Partiu do deputado César Pires a iniciativa de mostrar o absurdo e a
chantagem que os partidos pequenos fazem para aceitar candidatos com
mandatos. E existem tabelas de preços e negociações esdruxulas que
envolvem até emendas parlamentares.
Ou seja: negociação particular com
recursos públicos.
“Alguns partidos menores estão vendendo vagas por um dinheiro absurdo
e ficam cobrando de deputados as emendas parlamentares. Isso precisa
acabar aqui dentro. É preciso que se investigue esse comportamento e que
não se dê guarida a esse tipo de postura”, disse Pires em discurso na
tribuna da Assembleia Legislativa.
Faltou ao parlamentar esmiuçar e mostrar mais detalhes da prática
vergonhosa que acontece de dois em dois anos no Maranhão, diante dos
olhos cegos da Justiça Eleitoral e da conveniência dos políticos que
aceitam a venda das vagas.
Levantamentos comprovam que a cada eleição os dirigentes partidários
dos nanicos aparecem na folha da Câmara Municipal de São Luís,
Prefeitura da capital, Assembleia Legislativa e no Governo do Estado.
Quando não, são empregados os parentes dos donos das legendas.
Outro detalhe a ser observado é o crescimento do patrimônio pessoal
de cada dirigente das legendas nanicas. Começam sem nada e da noite pro
dia são donos de imóveis, empresas de fachadas, carrões importados e se
dão ao luxo de turismos internacionais. Uma lástima!