Por: GUI
Às vezes me pergunto
se sou mais um otário. Porque as pessoas me fazem de bobo. Caio com facilidade
nas mentiras políticas, paro para escutar bobagens nas ruas, já dei dinheiro
para quem inventa uma historinha de que precisa, dei passos falsos em bancos,
confiei em promessas de quem nem conhecia.
Só um otário. Sou um otário. Penso em ser mais malvado, negar ajuda ser respondão, virar o rosto, passar sem cumprimentar. Mas, algo em mim me faz sorrir para o aparentemente conhecido me faz estender a mão para quem já me feriu me faz cessar fogo para quem estou guerreando.
É que o mundo está egoísta em demasia. Um olhar para o alto já é um relapso para o roubo. A ingenuidade, que poderia ser uma maneira menos pragmática de ver as coisas, deu lugar à falta de preparo para lidar com o real. Sempre competitivo sempre de olhos abertos, faca apunhalada. Devemos estar espertos. Esse território não dá espaço a otários.
Preenche-se o currículo, e a vida ocorre no papel. Os cidadãos viram títulos, as mazelas viram notas no jornal, o tempo ocorrendo ao léu e as pessoas, como ovelhas, vão repetindo o que as esmagam e enganando os otários que tenta não se enquadrar nesse esquema. O que está mais baixo nivela-se ainda mais por baixo.
Entretanto, prefiro carregar ainda no meu peito algo que não sei o nome, mas que me faz completo. Não sei se é amor, valores ou o quê. Só sei que me sinto bem quando penso que, sendo otário, posso me destoar desse mundo de espertos. Prefiro bancar o otário às escondidas a ser mais um malandro anunciado a enganar outros otários. E a questão controversa é: e no meio disto tudo, quem pode me dizer quem sai mais prejudicado?
Só um otário. Sou um otário. Penso em ser mais malvado, negar ajuda ser respondão, virar o rosto, passar sem cumprimentar. Mas, algo em mim me faz sorrir para o aparentemente conhecido me faz estender a mão para quem já me feriu me faz cessar fogo para quem estou guerreando.
É que o mundo está egoísta em demasia. Um olhar para o alto já é um relapso para o roubo. A ingenuidade, que poderia ser uma maneira menos pragmática de ver as coisas, deu lugar à falta de preparo para lidar com o real. Sempre competitivo sempre de olhos abertos, faca apunhalada. Devemos estar espertos. Esse território não dá espaço a otários.
Preenche-se o currículo, e a vida ocorre no papel. Os cidadãos viram títulos, as mazelas viram notas no jornal, o tempo ocorrendo ao léu e as pessoas, como ovelhas, vão repetindo o que as esmagam e enganando os otários que tenta não se enquadrar nesse esquema. O que está mais baixo nivela-se ainda mais por baixo.
Entretanto, prefiro carregar ainda no meu peito algo que não sei o nome, mas que me faz completo. Não sei se é amor, valores ou o quê. Só sei que me sinto bem quando penso que, sendo otário, posso me destoar desse mundo de espertos. Prefiro bancar o otário às escondidas a ser mais um malandro anunciado a enganar outros otários. E a questão controversa é: e no meio disto tudo, quem pode me dizer quem sai mais prejudicado?
“Se você conhece alguém que mereça este diploma, indique e
dedique”
