São homens, mulheres, jovens, adultos, idosos e muitas crianças, vivendo num ambiente insalubre e disputando espaço com ratos e urubus, entre outros animais, que são atraídos pelo lixo e pela sujeira que se espalham por todos os lados.
A reportagem do Jornal Pequeno conheceu de perto um pouco do drama dessas pessoas – seres abandonados pelo poder público, e invisíveis, muitas vezes, a quem trafega sobre as 'pontes dos miseráveis', batizadas com os nomes de dois maranhenses célebres.
José Sarney – Na Avenida Ferreira Gullar, no São Francisco, aproximadamente 30 famílias moram sob a ponte José Sarney, numa área que começou a ser ocupada há mais de duas décadas.
A comunidade é composta por 14 homens, 12 mulheres, dois idosos e 38 crianças. Ninguém ali tem renda média mensal maior do que um salário mínimo (R$ 545). Trabalho fixo também é raridade para quem mora embaixo da ponte – o sustento das famílias vem de 'bicos', os homens trabalhando como pedreiros, carroceiros, na pesca ou catando caranguejo, e as mulheres às vezes como diaristas (mas a maioria cuida dos filhos e dos afazeres domésticos).
Jornal Pequeno-São Luis-MA