terça-feira, 6 de setembro de 2011
Deu no Jornal Pequeno: Familiares tentam apresentar nova versão sobre crime que vitimou o Sr. Francisco "Chico Lídia"
Irmãos de Francisco de Assis Marques, de 58 anos, procuraram o Jornal Pequeno ontem para contestar a versão sobre a morte do agricultor, divulgada na edição do último domingo (4). Eles alegam que a história divulgada (que teria sido um acidente, devido a um estoque de combustível) não procede, e que a sobrinha da vítima, Eranildes, teria informado esse motivo para proteger sua tia, identificada apenas como Rosa, que teria ateado fogo no corpo do próprio marido por ciúmes.
De acordo com Maria Olindina de Oliveira, de 43 anos, o seu irmão não estocava combustível em casa, e que a sobrinha dele contou uma história para esconder o que aconteceu com a vítima, que havia sido morta pela própria mulher. Maria Olindina relatou que na madrugada do dia 22 de agosto, Rosa teria jogado gasolina e colocado fogo no corpo do marido quando ele dormia.
“Recebi a informação de que Rosa ficou sabendo que meu irmão tinha um caso com uma jovem de 19 anos e que, por isso, fez essa brutalidade. É inaceitável o que ela cometeu; por causa de um ciúme besta acabou com a vida de Francisco. Não sabemos se ao menos ele tinha esse caso, mas se tivesse a violência não é justificada. Meu irmão foi queimado quando dormia”, contou.
Na noite do crime, segundo os familiares, Francisco de Assis saiu para pescar e quando retornou para casa, no povoado Bacabal, próximo à sede de Mata Roma, foi dormir. Horas depois, por volta das 00h30, a mulher dele teria derramado gasolina em todo seu corpo e ateado fogo, depois desferido várias pauladas na cabeça da vítima.
“Mesmo com o corpo em chamas, ele conseguiu sair de casa e se jogou no chão para tentar apagar o fogo. Depois foi socorrido por vizinhos e levado para o hospital”, contou a outra irmã da vítima, Maria José de Oliveira.
O agricultor Francisco de Assis foi levado para um hospital em Mata Roma, posteriormente transferido para Chapadinha e depois para São Luís, onde ficou internado em estado grave, na UTI, do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão 1). A vítima teve 98% do corpo queimado e não resistiu às gravidades dos ferimentos, na noite de sexta-feira (2). O corpo foi velado em outra residência da vítima, na Rua Alferes Garreto, em Mata Roma.
A acusada de praticar o crime está foragida. Rosa era casada com a vítima há 38 anos, com quem teve nove filhos; no entanto, o casal morava só. Os familiares de Francisco suspeitam que ela esteja no município de Santa Inês.
Por: Vaquíria Ferreira Jornal Pequeno São luis-MA