terça-feira, 7 de junho de 2011

Participação em Brasil x Romênia encerra história de Ronaldo na Seleção


Há 12 anos, no tempo em que ainda era Ronaldinho, Ronaldo Nazário fez uma promessa que só terminará de pagar hoje à noite, quando jogar seus últimos 15 minutos com a camisa da Seleção Brasileira, no Pacaembu. Naquele distante 1999, Ronaldo jurou para si mesmo que doaria para entidades beneficentes tudo que recebesse atuando pela Seleção. Promessa cumprida. De lá para cá, ele não embolsou um centavo da CBF. Nem os prêmios pela conquista da Copa de 2002, da qual foi o goleador e maior destaque.

Ronaldo ganhou milhões jogando bola, mas essa nunca foi a sua principal motivação na carreira. Sua principal motivação foi, exatamente, jogar bola. Ronaldo ama o que faz, e tem provado isso em cada capítulo da sua história em geral heroica, volta e meia dramática, em uma ou duas circunstâncias cômica, mais vezes glamourosa e sempre, sempre brilhante.

Dramático foi o capítulo da Copa de 1998. No dia da final com a França, Ronaldo sofreu uma convulsão que ainda é um mistério. Entrou em campo feito zumbi e o Brasil foi amassado pelos gauleses. O mundo, perplexo, inquietou-se: aos 22 anos, Ronaldo estaria acabado para o futebol? Que nada! Em um ano, ele esqueceu os dissabores e continuou marcando gols. Justamente, por amor ao futebol.